sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Anjos da Alegria recebe Ésio Magalhães em Uberlândia

Desde o início deste ano o Grupo Anjos da Alegria está preparando seu novo espetáculo: CATA A MEGERA. Uma livre adaptação do clássico "A Megera Domada" de Willian Shakespeare, esse projeto tem o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Uberlândia, e pretende levar o grupo a ocupar um lugar ainda não explorado: a rua.

Para aperfeiçoar o trabalho, neste final de semana o Anjos da Alegria recebe em Uberlândia o palhaço, ator e diretor Ésio Magalhães para uma consultoria artística. Formado pela EAD/ECA/USP, foi integrante do grupo de atores dos Doutores da Alegria, atou com o o palhaço Lerris Colombaioni, no espetáculo “Um giro nel cielo” e no “Circo Ercolino”, na Itália. É ator, produtor e coordenador financeiro do Barracão Teatro – espaço de investigação e criação teatral, que fundou ao lado de Tiche Vianna, em 1998. Tem apresentado os espetáculos do repertório do Barracão Teatro: “O Pintor”, “Circo do Só eu!!!”, “WWW para Freedom”, “Freguesia da Fênix”, “A Julieta e o Romeu”, com o qual concorreu ao Prêmio SHELL 2007, na categoria de Melhor Ator e “Encruzilhados entre a barbárie e o sonho” com o qual concorreu ao Prêmio SHELL 2008, na categoria de Melhor Ator.

O espetáculo Cata a Megera estreará em fevereiro de 2011. Aguardem...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Oficina de Teatro com os Anjos da Alegria

É com muita alegria que informamos que iniciaremos esse ano nossa OFICINA DE TEATRO, na nossa sede (Rua Jataí, 1283).
Ela será ministrada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, devidamente matriculados em escola pública tanto municipal quanto estadual.
A oficina de teatro é GRATUITA e será ministrada pelos atores do grupo Anjos da Alegria, num processo de 10 meses. Onde serão trabalhados jogos teatrais, noções musicais desenvolvendo a expressão, criatividade, sociabilização, responsabilidade, comprometimento e estimulando a criação de novos referenciais culturais.
As aulas ocorrerão uma vez na semana, às sextas-feiras, das 14h às 17 h.
Período de inscrição: 24 de setembro a 15 de outubro.
Início das Aulas: 22 de outubro.
Critério de escolha: Primeiros inscritos.

Para se inscrever, basta preencher o formulário abaixo e enviar por email pra o endereço: contato@anjosdaalegria.com.br

Nome:
Idade:
Mãe:
Pai:
Endereço:
Telefone para contato:
Email:
Escola onde estuda:
Série:
Por que gostaria de fazer um curso de Teatro com os Anjos da Alegria?

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A Mulher que vira peixe!


O espetáculo "A Mulher que vira peixe" foi aprovado no Projeto Boca de Cena. A apresentação será no dia 26 de setembro no Teatro Rondon Pacheco. Oportunidade imperdível pra quem ainda não conferiu nosso espetáculo!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Anjos da Alegria na Festa Junina do Mercado Municipal

êh forrozinho bão!

Tuiki desistiu da canjica e encarou um sushi. #fino
Juliette fazendo pose pra ver se conseguia um correio elegante!
Tydes e Chica Benta, os cupidos da noite com seus Correios elegantes!
Juliette e Ximbica, com a turma mais animada da quadrilha

terça-feira, 15 de junho de 2010

Mercado Sonoro


No dia 30 de abril de 2010 participamos do evento Mercado Sonoro, no pátio do Mercado Municipal, realizando performances variadas.
Foi um evento incrível!


Pierre, Lolôca, Tuiki e Chica Benta aprontando todas no Mercado Municipal


Pierre e sua companheira Nina, após arrasarem num show de dança.


Tuiki, fazendo um cover do Wando.

quarta-feira, 10 de março de 2010

A Mulher que Vira Peixe

A Obra - A Mulher que vira Peixe

A cena “A Obra” foi idealizada em 2007 a partir de uma indagação: O quê um palhaço pode fazer? Muitas pessoas podem responder simplesmente que um palhaço pode fazer o que lhe vier à mente. Você respondeu assim? Agora tente imaginar que você é um ator iniciante, com apenas sete anos de labuta, inseguro frente a uma forma de interpretação que muitos consideram “não ser interpretação”. Sim, o palhaço, se é “estado”, deve desmascarar o ator e revelar o seu lado ridículo. É o que a maioria concorda? Não se pode afirmar, mas é o que naquela época esse ator segurava como verdade absoluta.

Continue imaginando: Você nunca foi encarado pelos seus companheiros como um palhaço completo (de fato poucos são), você está em crise por causa da voz do seu palhaço, da forma como o seu palhaço anda, veste, pensa, é. Bem, esse ator não tem mais nada a perder, a não ser o fato de pretender provar a si mesmo que o que acredita (e faz) talvez ainda não esteja certo, mas que está no caminho para a descoberta de si mesmo “sem máscara”. Você pensa nessa ‘entidade’ que o palhaço se tornou na sua vida e a desconstroe. Percebe uma ação cotidiana que pode ser aproveitada para responder aquela questão, ou se tiver sorte, suscitar novas perguntas.


Quando a cena foi pensada tinha o intuito de provocar reações, não para simplesmente mexer com a platéia e incomodar, mas para que depois da cena as pessoas se perguntassem: Um palhaço pode fazer isso? Ou: Isso é palhaço? Essa dúvida deixará a platéia frente à pergunta que motivou essa cena. Claro que a maior intenção é o reconhecimento da platéia com a “entidade” palhaço, e se possível provocar o riso, mas sem passar a idéia da cena como um mero entretenimento. É muita pretensão para um ator inseguro? A insegurança faz parte da vida de um artista. Em 2007 a cena foi apresentada para um público generoso, misto, que “pareceu” se divertir com a situação colocada. Foi, até então, a única apresentação da cena. Depois de três anos “A Obra” foi repensada, perdeu alguns objetos, algumas situações, mas ganhou outras. Com os ensaios a grande questão no grupo foi: É palhaço ou bufão? Depois de tantos textos a respeito, de tantas observações e considerações de cada componente do grupo, fica uma sensação de pergunta sem resposta. Mas uma afirmativa - o grupo está comigo no caminho dessa descoberta.


Hoje eu acredito que um palhaço pode fazer o que lhe vier à mente, basta que o ator trabalhe a questão com afeto, que é, de acordo com o que eu e muitos acreditamos, a característica que diferencia o verdadeiro palhaço (anjo) de um personagem palhaço. Se o ator vai conseguir demonstrar o seu afeto? Bem, isso vai ser respondido toda vez que a cena começar.

sábado, 6 de março de 2010

Processando um processo - A Mulher que vira peixe

Então um dia a gente resolve que ficar escondendo nossas estranhezas não faz mais sentido. Mergulhamos nas nossas deficiências e qualidades, e acreditando que uma máscara pequena, cilíndrica e vermelha é o portal para a nossa segunda natureza, e entramos num processo onde não existem pequenas (e muito menos as grandes) mentiras.

Perder então toma outro sentido. A vontade de ganhar é tanta, que todas as possibilidades do risco são aproveitadas, e os saltos sem rede de proteção são contínuos, deixando as perdas ganharem cores de vitórias.

A questão é que, nós, atores, treinados com técnicas e normas de interpretação pra fazer rir e chorar com a proteção de uma personagem, quando nos arriscamos a colocar uma máscara que vai nos revelar no palco, somos tomados por um pânico quem nem três Hamlets juntos teria. O "ser ou não ser" vira "funcionar ou não funcionar", e pra chegarmos a ter o friozinho na barriga antes de estrear um espetáculo, somos tomados por uma "crise-palhaçal-de-ensaio".

Durante o processo do espetáculo “A Mulher que vira peixe” inúmeras vezes nos víamos travando horas e horas de debate entre o grupo. No início, quando nos pegávamos discutindo as crises de cada palhaço, das relações entre as cenas (todas inéditas, criadas pelo próprio grupo), dos porquês de cada gesto, das intuições, dos desejos individuais e coletivos, da nossa criação mineira-goiana-gaúcha com todas as razões-crenças-personalidade-criação-estigmas, acabávamos sempre olhando no relógio e achando que tínhamos perdido muito tempo com blábláblá corríamos pra ensaiar. E quando as cenas eram passadas depois das longas discussões, alguma coisa parecia ter mudado profundamente nas relações entre o palhaço, a cena e o público.

Depois de um tempo, percebemos que todo o nosso falatório, que nem sempre acabavam em consenso devido aos pontos de vistas diferentes, passou a guiar o processo do espetáculo.

Sem essas rodas de conversas, o meu número solo, com toda certeza não seria o mesmo. Uma cena calcada o tempo inteiro em querer ser o melhor homem do mundo, mas que incessantemente está condenado a se dar mal, ouvir o que meus colegas tinham a dizer e levar no próximo ensaio o número mais aperfeiçoado pra poder tirar deles nem que fosse um risinho no canto da boca tornou-se minha meta. Porque por incrível que pareça, as pessoas não têm idéia do quanto é difícil fazer um colega do grupo rir de alguma piada, e quando isso acontece é a hora da certeza que o público viajou junto nas emoções do palhaço.

O riso é a resposta que o palhaço precisa pra continuar expondo suas esquisitices, como se perder fosse a coisa mais natural do mundo. Perder sempre, desistir de ganhar nunca.


Emilliano Freitas