sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Anjos da Alegria recebe Ésio Magalhães em Uberlândia
Para aperfeiçoar o trabalho, neste final de semana o Anjos da Alegria recebe em Uberlândia o palhaço, ator e diretor Ésio Magalhães para uma consultoria artística. Formado pela EAD/ECA/USP, foi integrante do grupo de atores dos Doutores da Alegria, atou com o o palhaço Lerris Colombaioni, no espetáculo “Um giro nel cielo” e no “Circo Ercolino”, na Itália. É ator, produtor e coordenador financeiro do Barracão Teatro – espaço de investigação e criação teatral, que fundou ao lado de Tiche Vianna, em 1998. Tem apresentado os espetáculos do repertório do Barracão Teatro: “O Pintor”, “Circo do Só eu!!!”, “WWW para Freedom”, “Freguesia da Fênix”, “A Julieta e o Romeu”, com o qual concorreu ao Prêmio SHELL 2007, na categoria de Melhor Ator e “Encruzilhados entre a barbárie e o sonho” com o qual concorreu ao Prêmio SHELL 2008, na categoria de Melhor Ator.
O espetáculo Cata a Megera estreará em fevereiro de 2011. Aguardem...
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Oficina de Teatro com os Anjos da Alegria
Ela será ministrada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, devidamente matriculados em escola pública tanto municipal quanto estadual.
A oficina de teatro é GRATUITA e será ministrada pelos atores do grupo Anjos da Alegria, num processo de 10 meses. Onde serão trabalhados jogos teatrais, noções musicais desenvolvendo a expressão, criatividade, sociabilização, responsabilidade, comprometimento e estimulando a criação de novos referenciais culturais.
As aulas ocorrerão uma vez na semana, às sextas-feiras, das 14h às 17 h.
Período de inscrição: 24 de setembro a 15 de outubro.
Início das Aulas: 22 de outubro.
Critério de escolha: Primeiros inscritos.
Para se inscrever, basta preencher o formulário abaixo e enviar por email pra o endereço: contato@anjosdaalegria.com.br
Nome:
Idade:
Mãe:
Pai:
Endereço:
Telefone para contato:
Email:
Escola onde estuda:
Série:
Por que gostaria de fazer um curso de Teatro com os Anjos da Alegria?
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
A Mulher que vira peixe!
O espetáculo "A Mulher que vira peixe" foi aprovado no Projeto Boca de Cena. A apresentação será no dia 26 de setembro no Teatro Rondon Pacheco. Oportunidade imperdível pra quem ainda não conferiu nosso espetáculo!
terça-feira, 6 de julho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
Mercado Sonoro
No dia 30 de abril de 2010 participamos do evento Mercado Sonoro, no pátio do Mercado Municipal, realizando performances variadas.
Foi um evento incrível!
segunda-feira, 10 de maio de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
A Obra - A Mulher que vira Peixe
A cena “A Obra” foi idealizada em 2007 a partir de uma indagação: O quê um palhaço pode fazer? Muitas pessoas podem responder simplesmente que um palhaço pode fazer o que lhe vier à mente. Você respondeu assim? Agora tente imaginar que você é um ator iniciante, com apenas sete anos de labuta, inseguro frente a uma forma de interpretação que muitos consideram “não ser interpretação”. Sim, o palhaço, se é “estado”, deve desmascarar o ator e revelar o seu lado ridículo. É o que a maioria concorda? Não se pode afirmar, mas é o que naquela época esse ator segurava como verdade absoluta.
Continue imaginando: Você nunca foi encarado pelos seus companheiros como um palhaço completo (de fato poucos são), você está em crise por causa da voz do seu palhaço, da forma como o seu palhaço anda, veste, pensa, é. Bem, esse ator não tem mais nada a perder, a não ser o fato de pretender provar a si mesmo que o que acredita (e faz) talvez ainda não esteja certo, mas que está no caminho para a descoberta de si mesmo “sem máscara”. Você pensa nessa ‘entidade’ que o palhaço se tornou na sua vida e a desconstroe. Percebe uma ação cotidiana que pode ser aproveitada para responder aquela questão, ou se tiver sorte, suscitar novas perguntas.
Quando a cena foi pensada tinha o intuito de provocar reações, não para simplesmente mexer com a platéia e incomodar, mas para que depois da cena as pessoas se perguntassem: Um palhaço pode fazer isso? Ou: Isso é palhaço? Essa dúvida deixará a platéia frente à pergunta que motivou essa cena. Claro que a maior intenção é o reconhecimento da platéia com a “entidade” palhaço, e se possível provocar o riso, mas sem passar a idéia da cena como um mero entretenimento. É muita pretensão para um ator inseguro? A insegurança faz parte da vida de um artista. Em
Hoje eu acredito que um palhaço pode fazer o que lhe vier à mente, basta que o ator trabalhe a questão com afeto, que é, de acordo com o que eu e muitos acreditamos, a característica que diferencia o verdadeiro palhaço (anjo) de um personagem palhaço. Se o ator vai conseguir demonstrar o seu afeto? Bem, isso vai ser respondido toda vez que a cena começar.
sábado, 6 de março de 2010
Processando um processo - A Mulher que vira peixe
Então um dia a gente resolve que ficar escondendo nossas estranhezas não faz mais sentido. Mergulhamos nas nossas deficiências e qualidades, e acreditando que uma máscara pequena, cilíndrica e vermelha é o portal para a nossa segunda natureza, e entramos num processo onde não existem pequenas (e muito menos as grandes) mentiras.
Perder então toma outro sentido. A vontade de ganhar é tanta, que todas as possibilidades do risco são aproveitadas, e os saltos sem rede de proteção são contínuos, deixando as perdas ganharem cores de vitórias.
A questão é que, nós, atores, treinados com técnicas e normas de interpretação pra fazer rir e chorar com a proteção de uma personagem, quando nos arriscamos a colocar uma máscara que vai nos revelar no palco, somos tomados por um pânico quem nem três Hamlets juntos teria. O "ser ou não ser" vira "funcionar ou não funcionar", e pra chegarmos a ter o friozinho na barriga antes de estrear um espetáculo, somos tomados por uma "crise-palhaçal-de-ensaio".
Durante o processo do espetáculo “A Mulher que vira peixe” inúmeras vezes nos víamos travando horas e horas de debate entre o grupo. No início, quando nos pegávamos discutindo as crises de cada palhaço, das relações entre as cenas (todas inéditas, criadas pelo próprio grupo), dos porquês de cada gesto, das intuições, dos desejos individuais e coletivos, da nossa criação mineira-goiana-gaúcha com todas as razões-crenças-personalidade-criação-estigmas, acabávamos sempre olhando no relógio e achando que tínhamos perdido muito tempo com blábláblá corríamos pra ensaiar. E quando as cenas eram passadas depois das longas discussões, alguma coisa parecia ter mudado profundamente nas relações entre o palhaço, a cena e o público.
Depois de um tempo, percebemos que todo o nosso falatório, que nem sempre acabavam em consenso devido aos pontos de vistas diferentes, passou a guiar o processo do espetáculo.
Sem essas rodas de conversas, o meu número solo, com toda certeza não seria o mesmo. Uma cena calcada o tempo inteiro em querer ser o melhor homem do mundo, mas que incessantemente está condenado a se dar mal, ouvir o que meus colegas tinham a dizer e levar no próximo ensaio o número mais aperfeiçoado pra poder tirar deles nem que fosse um risinho no canto da boca tornou-se minha meta. Porque por incrível que pareça, as pessoas não têm idéia do quanto é difícil fazer um colega do grupo rir de alguma piada, e quando isso acontece é a hora da certeza que o público viajou junto nas emoções do palhaço.
O riso é a resposta que o palhaço precisa pra continuar expondo suas esquisitices, como se perder fosse a coisa mais natural do mundo. Perder sempre, desistir de ganhar nunca.
Emilliano Freitas